domingo, 3 de julho de 2011

Acidente

Você me concede
de novo
esse doce acidente?

Cede
o esbarrar leve

e licoroso
dos meus dardos
sobre o teu beijo
de gosto?

E me despeço
mais uma vez,
no pescoço...
perdão!

Mas meu sonho
quer que cresça o contato

enamorado e voraz pegando
mais
da sua boca bela pele cabelos
é o tato é o tato é o tato.

O que em mim não possui nomes
ou regras deseja-te perto
num aperto seguro
entre abraço apertado e soltura

é doçura
tão somente
o que sinto:

não me devem punir
por pedir

a deus, remoçado, rezando
somente que caiam do vento
molhados

seus lábios nos meus, tão meninos.

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