quarta-feira, 12 de março de 2014

Sina

Seja eu sempre
sem luz
e faltoso,

mas que precise
de outros dos sacrifícios
para enxergar. Pro gozo.

As lamparinas
me sigam
os olhos e o óleo

úmidos sobre
as unhas e os
acordados sinos,


acordai, avós e avôs
babás e babalaôs!

Pés e fé em terra
encerro, cerro. Ponto.

Será agora sina
percorrer espaços
na delicadeza
do inacabado.

De nada saber
das coisas, do solto.

Surja uma liberdade
suja de verdade
levantada em raízes
nos seus ninhos
sensíveis

do ver alto
de tocar
da fome toda
apoiando

construções concretas
algodões oblíquos

de sempre ser aluno,
pai mãe e filhos.

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