Eu venho percorrendo
o alternativo.
Nas lembranças,
nada mais se sabe
do que é vulto, sono ou vigília.
Como alguém
que partiu-se há muito em
vinte e sete pedaços
vejo-me recolhendo estilhaços diversos
e a união de partes coloridas, sem cor
é o vitral de uma igreja
um caleidoscópio
ou tão somente uma garrafa partida.
De volta, meu espírito antigo e moço
- nascimento, morte -
vem buscar
as várias pessoas que me guardam
no pequeno caco de vidro
joia
ou falso brilhante.
E a minha felicidade é esse ir.
Sou uma árvore cujas raízes,
uma espécie solitária feita de vento e perdão,
atravessa séculos
em busca de amor e liberdade.
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