O amor é uma
dessas cerimônias
que nos devolve a infância.
A gente olha
pra pessoa que quer perto
e, de repente, as roupas encolhem
esse menino de 10, 11 anos
perdido no meio de uma camisa social de adulto.
Não pensar em outra coisa.
Nem querer perder teu nome da boca.
Esperar e ficar triste
pelo abandono
pela ausência
por ter sido esquecido pelos pais
na escola pequena.
Me zangar
como se seus braços fossem os primeiros
o beijo inaugurasse um momento novo
e os nossos pés juntos
(um sem saber como procurar o outro)
fossem um rito de perder idades.
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